Cai tempo de permanência do turista que visita Natal, diz Fecomércio
Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio/RN) traça o perfil do turista que procura a capital potiguar e revela que o tempo de permanência na cidade caiu um dia. Em 2015, em média, o turista ficava nove dias. Este ano, a média é de oito dias.
O questionário foi aplicado entre os dias 12 e 22 de janeiro deste ano, quando foram entrevistados 465 turistas. Os dados revelam que a maioria dos que visitam Natal é brasileiro (82,4%), do sexo masculino (51%), possui nível superior (61,9%), é casado (60,4%), viaja com a família (82,4%), chega a cidade a passeio (92%), tem renda de até R$ 6 mil (56,4%); gasta em média R$ 208,41 por dia.
De maneira geral, ainda segundo a Fecomércio, o destino Natal foi bem avaliado pelos visitantes. A pesquisa do IPDC também revela que 99,3% dos visitantes aprovaram a cidade. Itens como atrativos naturais (98,5%), hospitalidade (96,8%) e bares e restaurantes (94,6%) obtiveram conceitos de bom a excelente. “É tanto que 80,6% dos entrevistados afirmaram que pretendem retornar à cidade. Além disso, 98,3% deles recomendariam a cidade a familiares e amigos”, ressalta.
No detalhamento com relação à origem dos turistas nacionais que visitam Natal, 25,4% deles são paulistas, 13,3% são cariocas e 10,3% são mineiros. Entre os turistas estrangeiros, que são 17,6% do total de entrevistados, 6,7% eram argentinos, 1,7% eram italianos, 1,5% eram chilenos, 1,5% eram paraguaios e 1,3% eram norte-americanos.
Estratificando os gastos por nacionalidade, a pesquisa constatou que o turista brasileiro que visita Natal gasta em média, por dia, R$ 169,82. Já o estrangeiro, R$ 246,99. Quando somadas as despesas de hospedagem, alimentação, transporte, diversão e compras, os turistas gastaram, em média, R$ 5.001,83 em Natal – valor para três pessoas, permanecendo em média 8 dias na capital. Em 2015, este mesmo valor era de R$ 5.694,93, para uma permanência média de 9 dias; e o gasto médio diário, por pessoa, chegava a R$ 210,92.
Com relação à faixa etária, a maior parte dos visitantes (39,1%) tinham entre 36 e 50 anos, 23,9% tinham entre 26 e 35 anos, 22,6% tinham entre 51 e 65 anos e 10,1% tinham entre 18 e 25 anos. Os menores percentuais foram obtidos para a faixa etária acima dos 65 anos (3,2%) e para os que tinham até 17 anos (1,1%).
Já a renda individual mensal da maior parte dos turistas entrevistados (56,4%) é de até R$ 6 mil. Outros 15,9% dos participantes da pesquisa possuem vencimentos entre R$ 6.001 e R$ 9 mil, 10,8% ganham entre R$ 9 mil e R$ 12 mil e 9,5% ganham acima dos R$ 12 mil.
A maioria dos entrevistados (52,8%) teve sua viagem organizada por agências de turismo. Entre os serviços mais solicitados estão reservas de hospedagem (50,8%), emissão de bilhetes (43,9%) e definição de roteiros (31,8%). A grande maioria dos turistas (87,7%) chegou à cidade por meio de avião, voo regular, sendo a Gol a companhia que trouxe mais turistas para a cidade (41,7%). Em seguida aparece a TAM, companhia aérea que foi lembrada em 34% das respostas.
City tour (85,2% das respostas), visitas a bares e restaurantes (84,3%), atividades náuticas (54,8%) foram as principais atividades realizadas pelos entrevistados. Já locais como Pipa, Genipabu, Maracajaú, Praia de Pirangi com ida ao maior cajueiro do mundo, praias em geral e o Forte dos Reis Magos foram os locais mais visitados pelo turista que visitou Natal em 2016.
Por definição adotada pelo Ministério do Turismo, é considerado turista aquele visitante temporário, nacional ou estrangeiro, cuja residência permanente é outra que não a cidade onde se realiza a pesquisa, que efetua pelo menos um pernoite, permanecendo no local no mínimo 24 horas e no máximo 365 dias.